sábado, 8 de maio de 2010


Cada momento que te vejo mais perto é eterno e irrepetível, 
cada momento é nosso e só nosso 
e quando me apertas outra vez nos braços e me dizes baixinho 
quero-te 
quero-te 
quero-te
 só me apetece rir e chorar, 
só quero ter outra vez cinco anos, 
fazer corridas de bicicleta e esfolar os joelhos, 
lamber gelados até ficar com bigodes brancos, 
apanhar laranjas das árvores e sorvê-las com as mãos a escorrer, 
rebolar-me num campo de campainhas amarelas, 
apanhar margaridas e pô-las no cabelo, 
subir uma árvore e construir uma cabana 
e depois esconder-me lá dentro, 

tu e eu debaixo do mesmo tecto, 
debaixo do mesmo segredo, 
do mesmo sonho
do mesmo projecto.